A Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) é a doença reumatológica mais comum em crianças e adolescentes, caracterizada pela inflamação persistente das articulações, cuja causa exata permanece desconhecida. Seu diagnóstico exige que os sintomas se manifestem antes dos 16 anos e persistam por pelo menos 6 semanas, sendo uma condição excludente, ou seja, após descartar outras causas de artrite.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a incidência da AIJ varia de 1 a 22 casos por 100 mil crianças por ano. Estudos da EULAR e do Colégio Americano de Reumatologia destacam a variabilidade geográfica e fatores genéticos e ambientais envolvidos em sua origem.
A AIJ é classificada em sete subtipos principais, incluindo a AIJ sistêmica, oligoarticular, poliarticular (fator reumatoide positivo e negativo), artrite psoriásica, artrite relacionada à entesite e artrite indiferenciada. Cada subtipo possui características clínicas distintas, variando na quantidade de articulações afetadas e a presença de manifestações extra-articulares, como febre e erupções cutâneas.
As complicações da AIJ podem ser severas, incluindo destruição articular, retardo de crescimento e uveíte, inflamação ocular que pode levar à cegueira.
O tratamento envolve o uso de anti-inflamatórios, corticosteroides, drogas antirreumáticas modificadoras da doença (DMARDs) e, nos casos mais graves, medicamentos biológicos. A reabilitação física também é fundamental para manter a mobilidade articular e prevenir deformidades. O diagnóstico precoce e o acompanhamento contínuo são essenciais para controlar a progressão da doença e garantir melhor qualidade de vida aos pacientes.
É importante que os pais estejam cientes dos sintomas da artrite idiopática juvenil e levem seus filhos a um reumatologista se notarem algum desses sintomas!